Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Criança...

Que sufoco são aquelas memórias, de quando me sentia impotente sem poder fazer nada, e me sentia acorrentada a um tempo, a um espaço, a uma vida que não podia controlar, impotência em larga escala, e que muitas, muitas vezes não queria.
Hoje atendi, pela primeira vez uma criança, e como a vida é assim, logo tratou de me enviar um caso índigo.
Sinto-me tão sem controle, porque um adulto, nós conduzimos a conversa, as perguntas, as respostas. Com as crianças temos de saber levar a brincar, com nenhum método especifico que nos dê a segurança dos resultados. O que planta em mim uma imensidão de dúvidas, de será que posso ajudar.

Já aqui falei da possibilidade de eu ser também, indigo...e como tal o reconhecimento, a identificação, olhar para aquela criança e pensar nas dificuldades de perceber as coisas á volta, os medos, a raiva contida.....
Que memórias, nada agradáveis, mas que percebo que tenho de voltar lá a sentir...cada vez sei isso melhor!!
E estou pronta, de que forma for, por identificação, terapia ou vivência idêntica... o resgate tem de ser feito, e não há coisa que queira mais do que ir lá, sentir...para ganhar maior capacidade de receber, dar...para que tudo aquilo que me separa de mim, seja eliminado, ou pelo menos atenuado...porque não imagino já a minha vida de outra maneira, porque viver se tornou para mim, esta descoberta e a conquista do SENTIR, dando-me cada vez mais liberdade.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tristeza

Não dá, nem para descrever o tamanho. Faz parte do processo, não fugir...ir lá confrontar não é?! Então depois de recuperar alguma coisa, depois de sentir, e ultrapassar a incapacidade de ir lá cutucar a dor, acabei por ir, como aliás vou a maioria das vezes.
Ontem perguntava de onde vem esta tristeza tão profunda, tão grande que parece tomar conta de tudo? Eu sei qual a situação, só não sei qual a emoção, a memória. 
Sempre achei que ela vinha sobretudo do medo da rejeição, nunca me identifiquei com a outra semelhante, o abandono. Mas agora, vejo que, pelo menos neste tipo de casos, é isso mesmo. Abandono.
É esta emoção que justifica sentir esta tristeza que sinto...que me deixa a olhar para os acontecimentos, com uma sensação de impotência, e ao mesmo tempo sem vontade de fazer alguma coisa, como se o resultado não dependesse de todo da minha acção.
Outra perda. Uma perda, que talvez só aconteça dentro de mim, mas é uma perda.
Começo a perceber, que as estratégias que o meu ego, se fartou de recorrer e que de vez em quando ainda quer recorrer, agora quando são as estratégias dos outros, eu reconheço-as e causa em mim um estrago...magoa muito...tanto ou mais, do que me magoava quando eu as usava, mesmo que fossem usadas em prol da defesa, pura ilusão. É uma dor, uma tristeza, que nem consigo descrever, não tanto pela intensidade, mas pela profundidade.
E o que mais dói é a reposta, à pergunta...o que fazer? Nada...é a reposta, não posso fazer nada, apenas sentir, porque posso mudar quando sou eu a utilizar, quando são os outros, fico sem hipótese, apenas posso perceber o que fazer com este sentir que essas situações me provocam...só!! E também chorar, pelo tanto que utilizei isto, pelos momentos em que fazia isto a mim própria, e pelos momentos em que provavelmente ainda não o consigo evitar.
Mas parece tão pouco!

Triste é ainda sentir, que qualquer coisa acaba, e qualquer coisa morre dentro de mim...detesto perder, mas não controlo...nem dentro, nem fora...não controlo... E sei que isto me muda, que mata alguma coisa dentro, que tenho de trabalhar muito, para que não aconteça. Talvez sejam as memórias, de traição...que dizem que trago, que é por isso que não confio...talvez seja, mas saber isto, sentir isto...é profundamente triste!!

E assim mais um trabalho, mais uma conversa, comigo, com ELE, e muitas vezes contigo, para que na medida da minha capacidade te ajude a perceber, que esse não é o caminho.
Prometo apenas que vou tentar, mas sei que também para mim é difícil...Mas como ELE diz, ama apenas, ama!!!
E se é disso que precisas, que género de evolução tenho eu feito, que não consigo largar ou medo, e escolher o amor!!!
E como diz a Lúcia, é só uma tentativa...vou tentar!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sentir!

Nesta fase tudo parece simples, mas tudo fica emocionalmente mais intenso. Tantas vezes me pergunto o que realmente significa, isso de sentir com intensidade, visto ser uma característica minha. Pergunto para perceber se isto que sinto agora é a resposta.
Mas descubro que este sentir com intensidade se mistura com a sensibilidade, que nunca quis assumir, e que ainda agora tenho dificuldade. E percebo tão bem os porquês. 
Porque tudo passa a parecer grande, e nós pequenos. Porque cada gesto, cada ausência sente-se com todos os sentidos, mais atentos do que nunca. E porque existem tantas pessoas que deixaram de saber o que isto é, que ajudam a que achemos que "sentir" seja coisa, vinda de pessoas ingénuas, de pessoas que vivem na ilusão que tudo o que vemos ao nosso redor pode ser diferente, que sentir as coisas deste modo é algo que não vale a pena, pois a tristeza que advém é muita.

Digo-vos, é verdade...é muita. Hoje é um dia assim. Em que a tristeza mudou-se para o peito, não o sofrimento, mas uma tristeza profunda, de quem sente o outro tanto, de quem  sente o outro como algo cá dentro, e não apenas fora. De quem sente uma impotência enorme, porque os que nos rodeiam têm o seu próprio tempo, o tempo de fazerem melhores escolhas, o tempo de a vida os levar a aprender as lições que precisam, tal qual nós temos o nosso.



Ainda no outro dia conversava com uma amiga, e dizia-lhe que nesta nova fase sinto uma coisa diferente, estranha, a de que só faz sentido conhecer o outro na sua máxima profundidade, ao ponto de o sentir tanto, que fará indiscutivelmente parte de nós para sempre, aliás acho que sempre senti isto, iludi-me que não foi durante um bom tempo.
E escrevo estas palavras e parecem-me um absurdo, e não sei, se não será. 

Mas sei, que a ânsia de trazer estes bocadinhos de SER para dentro de mim é muita, sei que não há nada melhor do que a capacidade de "sentir", sentir mesmo quem temos á nossa frente, no momento em que ambos decidiram partilhar a energia, a fragilidade, um com o outro...E quem sente isto mesmo que por uns segundos, descobre um mundo novo, um mundo em que os outros não são os maus, que nos querem mal e que são exteriores a nós, é um mundo em que queremos  todos mais perto do coração, mais no nosso interior do que nunca.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

I love people!!

Cada vez parece mais difícil escrever, porque o tamanho das emoções, e a sua complexidade, ou será a sua simplicidade?! Começo a ter sérias dúvidas sobre isso... seja como for, elas tornam difícil falar sobre elas, de modo a que se percebam... (e acho que aqui vêm outra questão, não se percebem...só quem vive vai perceber, não há outro modo, eu terei sempre incapacidade de despertar estes sentimentos).


Confesso que hoje acho que estou cansada, não o "emocionalmente cansada", mas o mentalmente cansada. Eu tenho sentido um aumento de consciência grande, num tópico, simultaneamente especifico e abrangente, as pessoas! 
Acho que já escrevi aqui uma vez, que a primeira vez que "ouvi" alguém dizer que gostava de pessoas fui Eu. E isso trouxe-me uma diferença, que não percebia bem, mas ao mesmo tempo também não me preocupava, era assim e pronto, e eu adorava que assim fosse.
Mas essa característica foi perdendo a magia, na medida em que me faziam sentir que era um idealismo, que era um desfasamento da realidade, a minha forma, de amar, e sentir as pessoas. Não que me tivesse feito mudar totalmente, mas isso somado aos acontecimentos menos felizes que todos temos, acabou por me fazer achar que se calhar ou outros tinham alguma razão.
E tudo isto manteve-se durante uns anos, até agora. Agora, em que com o trabalho pessoal /espiritual que tenho vindo a realizar, parece que se torna obrigatório, ir lá sentir tudo outra vez, como se se fizesse agora o caminho de volta, até lá resgatar o que é realmente nosso, para depois seguir em frente, ou será para iniciar a subida?!

Só que desta vez, com a consciência ganha tudo se torna maior, o sentimento, a veracidade desse sentir, ao ponto de perceber hoje, aquilo que provavelmente não percebia na altura, a abrangência desse gostar, mas torna-se igualmente diferente e até estranho....como se determinada etapa de aprendizagem agora visse o seu processo terminar, quando é entendida pelo sentir...Tudo, mas literalmente tudo, faz agora um claro sentido. No entanto a sensação é estranha, é estranho esta coisa de querer que o mundo caiba dentro de nós, que vale a pena cada pessoa ser profundamente descoberta, e que isso faz com que se entre dentro dela, e que parte dela fique necessariamente dentro de nós. Mas com isso o conceito de que somos todos um, passou a fazer super sentido...mas hão-de concordar, é estranho! Estranho, mas absolutamente delicioso!

Só que sentir as pessoas, implica sentir tudo, todas as vertentes, as que se gosta, e as que nem tanto. Implica vivenciar experiências com pessoas tão diferentes, em momentos tão diferentes, e muitas vezes tão opostos, mas que espelham a multiplicidade do que temos dentro. 
Eu sinto muita gratidão, mesmo muita, por me ser permitido cada vez mais ter a consciência para perceber as diferenças, as nuances, e conseguir sair cada vez mais do julgamento, e entender o que estou a espelhar, e assim aceitar-me melhor, e conseguir amar mais aquela pessoa como igual, e isso deixa-me super orgulhosa no caminho que tenho vindo a percorrer, aliás, até agora acho que é o meu primeiro e maior orgulho, até porque sentir isso, olhar para essa forma de sentir, é uma coisa magnifica, gigante, absolutamente viciante e imponente, resumindo é uma sensação maravilhosa!

Mas muitas dessas experiências são cansativas, porque há uma tamanha tendência em olharmos para o que de mau têm os outros, uma tamanha tendência para que quando deixamos entrar os outros na nossa área de conforto, eles facilmente sejam algo a vigiar, e muitas vezes passem rapidamente a inimigos, única e simplesmente porque fizeram o seu papel, tocaram na nossa ferida.
Temos também as pessoas que á conta das suas escolhas, têm na vida circunstâncias difíceis, em que nos custa a situação de mero observador, principalmente quando elas, ou não querem ou não conseguem ver, as escolhas que as trouxeram ali... e nós não podemos escolher ou mudar por elas. Muita Impotência.
Por outro lado vêm as pessoas, em que tudo parece fluido, em que tudo parece apenas simples, com as crianças então, viver o momento, brincar e ter ausência de ego e responsabilidade...
Que realidades, e o que nos ensinam, tanto, tanto...todas..há uma necessidade de as VIVER a todas, bem, sentindo tudo o que houver a sentir, e libertando as emoções, na medida da nossa capacidade, sabendo que este caminho é assim, um compromisso, não muito fácil, mas que além de necessário, se torna uma viagem absolutamente fantástica.

Partilho com vocês um dos muitos videos que encontrei, e olhem para ele...assim...
Pessoas...Iguais a nós...
Caminhos...Dificeis...
Vida com significado, o derradeiro objectivo!
Tudo muda, quando escolhemos diferente, e muitas vezes temos de ir ao cenário mais escuro, para reconhecer a luzinha que por ali andava!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mapa Natal...

Uma amiga disse-me uma coisa que ficou ás voltas na minha cabeça, que as posições que tenho no meu mapa natal, me deviam dar uma atitude mais apaixonada...
Isto quando conversávamos sobre esta minha tendência ao controle, à demarcação de território, ao desconforto quando fico fora dele...
Tenho uma outra amiga, astróloga que conhece o meu mapa melhor que ninguém, e varias vezes me diz, tu vives tudo tanto, as tuas emoções são tão intensas, que tens medo de as expressar, tens medo de quando elas venham para o exterior, como vão ser recebidas, tamanho é o viver intensamente, e tão profundo.

A verdade é que esta confrontação com o não ser apaixonada, me marcou. Principalmente porque realmente é o oposto de tudo o que sou. É impressionante como tanta coisa do que fazemos na vida, todas as máscaras e defesas que ganhamos, nos colocam a anos luz, daquilo que realmente somos.
A verdade, é que sempre fui, e continuo a ser apaixonada, mas precisei de me defender, assim achei. Precisei de ficar segura, não demonstrando nem o que sentia de bom, nem o tamanho do que sentia de mau, exactamente porque é tudo tanto, é tudo tão intenso, que para além do consumo de energia que me leva, fazia com que fosse alvo ou de criticas, ou de um refrear de entusiasmo.
E assim foi acabando, ou melhor, sendo calcado o nível de entusiasmo, e passei a um estado mais anestesiado.

Agora, que tudo tem tendência a ser recuperado, que o caminho vai em direcção do resgate da essência, esta verdade doeu...mas dói também a cada vez que quero deixar esse "estado apaixonado" sair, e sinto um medo enorme... de Eu ser DEMAIS...e não consigo perder o controle, e continuo a limitar tudo, para que falsamente seja algo moderado.
Principalmente porque o deixar que flua presume a partilha com alguém, porque o fluxo é tanto que transborda...e quando digo isto, refiro-me tanto ao amor, como á dor.

No primeiro tenho medo do exagero, tenho medo de só dar, e alimentar o meu padrão de dificuldade em receber, sendo que o outro lado se acomoda a tanto dar.
No segundo, é como se tivesse a obrigação de o fechar, mesmo não conseguindo esconder de ninguém, mas evito ainda o assunto, porque é tanto, que aos olhos dos outros poderá parecer exagero, e como tal um peso difícil de aturar.
E são todos estes medos que continuam a fazer com que fuja das emoções, com que fuja do que sou, e principalmente de o demonstrar.
Com que tenha medo do que os outros tão a sentir por mim, principalmente as pessoas que gosto mais.

E tudo isto só confirma o que eu já tenho consciência à algum tempo, a mesma característica é ao mesmo tempo, algo que as pessoas mais gostam em nós, e ao mesmo tempo, o que menos gostam, a mesma característica é o que mais evitamos e ao mesmo tempo, o que não conseguimos viver sem, porque essa característica faz simplesmente parte da nossa essência.

E por causa disso, de um momento para o outro um peito cheio de amor, pode se encher do maior medo, e vice-versa, porque um não vive sem o outro, mas os dois não vivem ao mesmo tempo.
E símbolo do Yin e Yang, exemplifica isto tão bem. E é por isso, que eu digo...TUDO COMEÇA AQUI.

domingo, 1 de janeiro de 2012

A chegada de 2012...

São poucas as palavras que parecem querer sair, mas muitas as emoções que pedem maior relevo.
Este momento de passagem de ano, mais uma vez não foi nada o que idealizei á um ano atrás, queria que a entrada de 2012, ano tão importante fosse diferente, melhor.
Á medida que o fim de 2011 se aproximava, outra opção foi colocada em consideração, para passar longe daqui...não aconteceu!
Depois disto não haviam muitas alternativas, as que haviam não eram assim tão apelativas, e decidi passar na minha zona de segurança... o que aconteceu?! Mudança de planos...
Depois disto ainda, adaptei ás circunstâncias, e combinei outras coisas.... e depois?! mais imprevistos...
Á medida que foi acontecendo, eu percebia que pelo menos ia ter a lição...do não controle...então decidi fluir, encontrei-me com amigas, e falamos ver-nos então na passagem... 2 pessoas... o que aconteceu, desistiram à ultima da hora... Só para rir, universo tramado este!!

Mas pronto lá fui eu, com a minha irmã e o namorado, para a rua, para a virada do ano, coisa que até aqui nunca tinha feito... e o sitio, aconteceu contra tudo o que tentei planear!
À medida que chegávamos de carro e se aproximava a hora, senti uma gratidão enorme invadir-me o peito, uma gratidão por tanta coisa boa, e tanta coisa difícil que me fez crescer em 2011....
Curioso na ultima semana, acordei todos os dias como uma sensação de amor, acordo e penso/sinto AMO, nem sei o quê especificamente...mas é o que sinto, mesmo nos dois dias que foram muito difíceis, em que uma dor e uma tristeza se instalaram, mesmo aí havia esse amor.
Quando começaram os fogos, e começou a tocar esta música senti uma emoção enorme...
Pensei em como não era nada do que eu queria, mas contrariamente ao que eu espera, sentia-me lindamente ali... contrariamente ao que costuma acontecer, senti que sou tão feliz, porque são muitos os dias, em que tenho agora, o que sempre quis na passagem de ano...alegria, partilha, amor, entrega, relações verdadeiras e próximas entre amigos.... e vi que já não preciso de dias como este, para depositar todas as expectativas, e como não corre como quero ficar desiludida. Não.
Senti de novo uma gratidão enorme, por tudo, e pensei por um minuto nas pessoas que amo, em como ELE me acompanha em tudo, e pedi para que fizesse chegar um bocadinho deste amor enorme que sinto, a cada uma delas.
Senti uma tranquilidade incrível, uma sensação de momento presente, certo...e uma capacidade de amar o que tenho agora, e não ficar triste pelo que me falta.

A música, coisa que adoro, encheu-me a alma...alimentou a minha essência, aumentando a minha energia, e tornando impossível manter o corpo parado, tudo vibrava ao som de cada música que surgia...e isso demonstra em como já não sou o que era, fez-me dar atenção ao Ser novo que sou, com maior liberdade, maior amor. O espectáculo ajudou, pois aquela luz, cor, naquele céu escuro, é uma metáfora perfeita para como devemos pintar a nossa vida!
E agora 2012, ano especial, que espero, venha enfatizar todas as transformações...que essa energia venha ajudar a libertar cada vez mais medo, densidade...tudo o que nos impede de chegar mais próximo da liberdade, da nossa essência e do AMOR.

Os meus votos para todos são viver mais a vida, e conquistar cada vez mais o sentir e emanar AMOR!!