Pensamento do Dia...

"É legítimo querer que nos amem por quem somos … mas é nossa a responsabilidade de sermos quem somos…fielmente."

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Concha...

São muitos os momentos, em que procuro desesperadamente voltar para a minha concha...são momentos cada vez mais curtos, mas de intensidade cada vez maior, em que me quero esconder, em que não quero lidar com aquela emoção, em que acho que não vou aguentar sentir aquilo....
E agora, com a escolha cada vez mais consciente, com a escolha de ir lá exactamente onde a dor mais profunda está, é como se eu tivesse como missão levar uma bomba que vai detonar no momento em que essa missão for comprida, e no momento em que a acabo, querer desesperadamente fugir a tempo.
Conclusão, não posso ter ambas...ou cumpro e fico lá a sentir as consequência, sendo que esse é o objectivo máximo, ou simplesmente escolho não a fazer.
E como HOJE essa escolha já nem é considerada, fico ali...a sentir-me ridicula, por saber o que ia acontecer, e mesmo assim ir...ou ridicula por achar sequer, que ia conseguir fugir...
E é esta a palavra que mais vezes povoa a minha mente, "ridiculo"...
...eu não saber lidar com esta dor, com esta fragilidade!
...eu me sentir culpada, quando esse cumprir, deixa o meu redor, em tumulto, e por ter medo de perder quem habita nele!
...e pior que isso, ridiculo eu saber que do jeito que sempre fiz não deu certo, que só serviu para cada vez ir doendo mais, para se tornar cada vez mais insuportável, sufocante, ao ponto de tantas vezes sentir, que não conseguia tolerar mais isso!

Ao escrever isto sinto um medo terrível, que faz parte de quem não sabe, o que acontece agora, que se começa a mudar todas as regras do jogo, e em que o jogador principal se sente perdido, principalmente porque neste novo jogo, as regras são poucas ou quase nenhumas...
A regra é apenas a cada momento escolher, Amor ou Medo? é a pergunta...e com essa escolha perceber, o que tinha que ser vivenciado...

No final a questão que se coloca é, queres mesmo voltar para a concha?! A resposta é 100% conclusiva, NÃO... E quando é o contrário, é apenas um grande medo a falar!

Partilho, uma música que me disse muito, "Change", 
if everything you think you know, makes your life unbearable, Would You Change?



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sensível...

Acho que exactamente para esperar e sentir o que senti hoje, é que este post ainda não tinha sido publicado, tinha escrito a mensagem que me saiu á dias, mas alguma coisa me fazia não querer escrever, talvez para agora ainda tudo fazer mais sentido.
Quando li esta mensagem foi especial, mas mesmo assim não entendia, e talvez ainda não entenda, a abrangência de todas as palavras, mas pelo menos hoje tenho melhor ideia.
Hoje houve mais uma escolha, entre o que se é, e o que se quer continuar a ser...
Mas a ideia de se ter esta sensibilidade, é ao mesmo tempo aterradora e maravilhosa. Maravilhosa porque quando sentimos as coisas de maneira diferente somos incapazes de querer voltar a sentir como antes, não dá, já não faz sentido. Por outro lado aterradora, porque a ideia de que toda a coisa pequenina, perante esta sensibilidade afecta em grande escala, é uma ida á dor em grande e consecutivamente, traz consigo muito medo, medo de não tolerar essa dor, medo do ridículo que isso pode ser, da exposição que isso pode ser, da fragilidade que isso promove!
Mas a verdade é que não há outro jeito, ou se calhar há, mas eu já não quero...
E esta mensagem saiu em resposta, por causa de uma escolha que fiz, e tocou muito, porque o que senti é que só a fiz, porque ao permitir essa sensibilidade, permiti que me fosse mostrado por onde tinha de ir, e assim confiar, que por ali é o caminho, por mais despropositado que pareça, por mais medo que cause, e perante isto, com o compromisso que reafirmo todos os dias, o caminho é mesmo esse!

Hoje o significado da mensagem ficou ainda mais claro, ficou claro o que não a permite, os mecanismos de fuga a ela, o medo de a sentir...TUDO, como se de repente a consciência mudasse totalmente, e percebesse a falta que ela faz, e quanto a vida pode ser tão mais bonita, se eu a permitir SER.
E havia mais coisas que podia dizer, mas não faz falta, porque a mensagem diz tudo o que realmente eu hoje queria dizer!

Namasté!!!



Sensível

Eu sei que és sensível. Tu podes não saber, mas eu sei que és sensível.
A tua sensibilidade vive nos teus poros, nas tuas células, na tua vibração.
A cada vez que te magoam, desaba o céu em cima da tua cabeça. E tu só precisas de te entristecer, de te fragilizar.
Como eu digo sempre, «Deixa doer para passar depressa».
A tua sensibilidade é um trevo de quatro folhas, é talvez o teu maior dom, o maior dos maiores.
Mais forte do que seres inteligente, é seres sensível.
Mais forte do que seres arguto, é seres sensível.
Mais forte do que seres rico, bonito, capaz, simpático, é seres sensível.
Mais forte do que seres forte, é seres sensível.
As pessoas sensíveis sentem as dores do mundo.
Dói? Dói.
Mas é infinitamente mais verdadeiro, mais harmonioso, do que bloquear a sensibilidade e andar por aí, feito palhaço, na ilusão de que tudo vai melhorar...porque sabemos que dessa maneira não melhora nunca.
Ser sensível é ter conexão total, directa, ininterrupta e irreversível.
É mais difícil? É.
Mas, por outro lado, quando se está bem, quando se está feliz - e começam a ser muitas as vezes em que isso acontece-, a alegria é incomensurável.
O que seria alegria é agora êxtase.
O que seria felicidade é agora estado de graça.
E os realmente sensíveis, aquele que já aceitaram a sua sensibilidade plena e absoluta, os que já não bloqueiam, os que aceitam sentir tudo, tudo, tudo, já sabem o que é estar em estado de graça.
E já não querem prescindir dele.
E já não querem outra vida.

Jesus

Livro da Luz - Alexandra Solnado